quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Apoio Cultural / Incentivo


Equipe



Coordenação Geral, Criação e Idealização: Ivana Lima

Produção Executiva: Fabiana Ferreira

Assistência de Produção: Camila Bernini

Coordenação Gráfica: Adriana Alegria

Textos: Darya Goerisch

Revisão: Jerussa Ramos

Fotografias: Wynia Lopes

Assessoria de Imprensa: Glaucia Andrea Domingos

Montagem: Fernanda Stancik





Agradecimentos



É uma honra expor a série de Gravuras Digitais 
Poema Sem Rosto” no Museu Alfredo Andersen, 
local onde iniciei meus estudos em pintura, por volta dos 15 anos. 
Sou muitíssimo grata pelo apoio da Caixa Cultural Curitiba 
e toda a sua equipe, pela confiança e incentivo nesse projeto.
Quero agradecer a Débora Russo, atual diretora do Museu 
e Ronald Simon pelo acolhimento.  
Sinto-me privilegiada pela oportunidade de produzir arte 
ao lado de pessoas tão talentosas. 



Quero neste espaço agradecer à toda a minha equipe,especialmente: 
Fabiana Ferreira pela dedicação e parceria, 
Adriana Alegria, por sua sensibilidade e carinho, 
visível pelo cuidado em cada detalhe da produção visual deste projeto. 
Darya Goerisch, por traduzir minhas imagens em versos 
e por estar sempre por perto. 
Wynia Lopes, por aceitar o convite de registrar o processo de trabalho
e pelo  seu olhar tão único.   




Agradeço à todos os amigos que  cederam suas imagens...
E por fim, à Berenice Mendes, grande cineasta pela sua sincera amizade e apoio.
À Guido Viaro, Emerson Persona, Mauro Zanatta, Farpa Gomes,
Beto Prestes, Eliane Campelli, Verônica Rodrigues, Camila Bernini,
Bianca Magalhães, Marcelo Oliveira, Domitila Trindade,
e a todos os integrantes da Familia Zanette, amigos de todas as horas.
Agradeço com todo o coração aos meus pais, por todos os ensinamentos, 
aos meus irmãos,tios, primos, vizinhos e todos os meus amigos de infância,
minhas fontes de inspiração,
por fazerem parte do meu mundo real e imaginário.
                                                                                                                              
Ivana Lima



(reprodução - stêncil)
2015











...












Edição 2017

Confira aqui uma matéria da revista digital Contemporartes:




Vem aí: "Poema Sem Rosto" 
no Museu Alfredo Andersen!!!
Aguardem mais novidades...

Foto: Wynia Lopes




Dê dois cliques e assista em tela cheia!






...

Exposições

A primeira vez em que as gravuras da série "Poema Sem Rosto" participaram de uma exposição coletiva, aconteceu em 2012, na XXI Edição do "Encontro de Artes Plásticas de Atibaia", em São Paulo. 
Neste salão, 540 trabalhos  foram inscritos  e destes, 30 foram selecionados para representar um panorama nacional da arte na atualidade. Sinto-me muito honrada em ter sido a única artista de Curitiba selecionada a participar de um evento deste porte,  com três gravuras desta série da qual  me orgulho muito.






Em 2013, fui convidada pela artista e curadora Izabella Zanchi a participar da exposição “Linha da Alma” ao lado de artistas iniciantes e consagrados, no Palacete dos Leões, Espaço Cultural do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), em Curitiba, onde novamente três obras da série foram expostas.
A mostra coletiva trouxe um conjunto de 35 desenhos de 15 artistas diferentes. Izabella Zanchi, curadora e idealizadora da exposição, conta: “A ideia surgiu quando Alana Mattos, artista gravadora, de 29 anos, me procurou em setembro de 2011 para mostrar seus desenhos mais recentes. Ela havia sido minha aluna e estava com uma produção bem interessante”, conta. “Como estava afastada há algum tempo do meio das artes visuais, não sabia como expor. Pediu minha opinião acerca dos trabalhos e dicas sobre onde mostrá-lo. Uma semana após o nosso encontro, Alana morreu em um trágico acidente de carro. Eu senti que devia expor os desenhos dela”, disse Izabella Zanchi, que tem vasta experiência na área artística e possui formação em Gravura, Artes Cênicas, Pintura e Educação Artística. 

A mostra foi composta por desenhos dos artistas: Alana Mattos, André Barroso da Veiga, André Malinski, Andréia Rocha, Carlos Henrique Tullio, De La Higuera, Elaine Stankiewicz, Elise Haquim, Everly Giller, Ivana Lima, Juliane Fuganti, Karen Matias, Lucas Fier, Márcia Széliga e Uiara Bartira. 




Em 2014 a Série Poema Sem Rosto já contava mais de vinte gravuras e pela primeira vez foi exposta na íntegra, em pequenos formatos no projeto cultural "A Casa é Sua" realizado por Verônica Rodrigues - atriz e produtora cultural, a quem sou muito grata pela acolhida e pelo texto que definiu, pela primeira vez, o que eu estava querendo dizer através dessas imagens... 




No mesmo ano, recebi um convite da multiartista Elenize Dezgeniski para expôr no "Centro Cultural Heytor Stockler de França" ao lado de Adriana Alegria, desiner gráfica e ser humano da qual muito admiro e que estou tendo a oportunidade de trabalhar agora...


Adriana Alegria


Elenize Dezgeniski


Verônica Rodrigues



Além destas exposições, algumas obras foram adquiridas por alguns amigos que escolheram um lugar de destaque em suas casas. 
Uma delas, foi a "Galeragem" ou também podemos chamar de "Garaleria",  a garagem do querido amigo e pianista "Daniel Binotto".  




Amigos são aqueles que nos fazem buscar nosso potencial.
Que acreditam e nós e nos lançam desafios.
No ano passado, a  cineasta Berenice Mendes me lançou um desafio:
Eu havia criado uma gravura digital de seu afilhado, 
uma obra que fará parte da nova exposição e ela quis encomendar uma tela, e disse:

- Você criou uma gravura digital a partir da fotografia,  agora, quero ver uma pintura!
E me deu uma tela em branco:




Veja mais aqui:











...


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016


Confira aqui o processo de trabalho da tela "Brincando Sozinho", 
ao delicioso som de Carlos Malta 





Ter a oportunidade de trabalhar com pessoas que admiramos é realmente algo muito muito especial...
Este é um pedaço de papel, um início, dessa parceria com Darya Goerisch, jornalista, locutora, atriz, mãe, comadre, que se dedicou tantos meses na produção das poesias que acompanham o catálogo que está no forno...





E a produção nao pára... Fotos de Wynia Lopes.









...



SÉRIE POEMA SEM ROSTO

As gravuras da série POEMA SEM ROSTO referem-se aos tempos de criança. As imagens foram baseadas em fotos da infância de personagens que não podem ser identificados, por não possuir um rosto.

Etimologicamente, infância quer dizer ausência de fala. Essa ausência foi entendida historicamente como incapacidade de falar – o termo latino infans significa “o que não se pode valer de sua palavra para dar testemunho”.

A ausência dos rostos também pode ser interpretada como a ausência de testemunho. Sem palavras, sem lembranças que não estejam livres de fantasias. As gravuras remetem a memórias afetivas, afinal as lembranças da infância tendem a ser envoltas de afetividade, sentimentos vagos de uma época em que éramos felizes, mais do que hoje.
Mas será que todas as infâncias representam um sentimento de nostalgia, relacionado a uma época feliz?

No imaginário coletivo, não raro a ideia de infância é associada a momentos felizes. O que nem sempre é verdadeiro, afinal as crianças não estão imunes a problemas sociais, familiares, escolares e afetivos. Por outro lado, devemos entender que o conceito de felicidade é diferente para cada cultura. Assim, considero que as “infâncias” possuem significados diversos e diretamente relacionados a diferentes aspectos culturais. As tristezas e as alegrias não são padronizadas.

A inspiração para essa obra foi influenciada pelo desejo de suscitar reflexões sobre essas questões e, sobretudo, de um processo reflexivo próprio. Para mim, as memórias de infância também estão relacionadas ao sentimento de pertencimento. A nossa infância traz a noção de que pertencemos a uma família, a um estado, a uma cultura, a uma nação.  E acredito que compreender quem somos, e de qual contexto fazemos parte, possibilita que possamos construir uma identidade cultural que valorize os saberes, a inteligência e a sensibilidade.

Talvez, ao olhar para estes poemas sem rostos, sejamos remetidos à nossa própria infância, a algum episódio, momento ou mesmo sentimento que estava guardado no fundo do nosso baú de memórias. Mas, através dessas imagens despersonificadas, também proponho que possamos, além de enxergar a nós mesmos, descobrir uma infância sem identidade. E, na falta dela, vivenciar um processo de “reumanizacão” dessas crianças, dando-lhes, através da ausência de rosto, a possibilidade de ser mais do que apenas um número de identificação nas carteiras escolares.  

Ivana Lima




"Meninos de Rua"

Sonhos, devaneios, calor, barriga cheia,
Protegidos nas asas de Deus.
(Darya Goerisch)




...